sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Alta Tensão: Julgamento retoma às 14h (ACTUALIZADA)

O julgamento da acção da Junta de Freguesia de Monte Abraão contra a Redes Energéticas Nacionais (REN) iniciou-se hoje no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra, com a inquirição de duas testemunhas pela acusação.

Maria Alves, moradora, prestou o seu testemunho e falou do alerta que deu quando viu o início da instalação dos postes junto à Anta de Monte Abraão.
"Um dia ia ao café e ao olhar para a Anta, reparei na instalação dos postes. De seguida liguei para a Junta de Freguesia e perguntei o que se passava", contou, sem saber que estaria a dar o alerta sobre a muito alta tensão em Sintra.
O segundo testemunho ouvido no tribunal foi dado por um engenheiro que colocou alguns dos postes da muito alta tensão no concelho de Sintra e morador em Agualva-Cacém, António Santos.
Este engenheiro electrotécnico, que trabalhava para a EDP na altura, falou da sua experiência enquanto empreiteiro da empresa, referindo os impactos negativos para a saúde, motivados pela proximidade dos postes de muito alta tensão.
"Aqui o problema é o tempo. Há pessoas que estão 24 horas em exposição aos campos electromagnéticos", disse.
Questionado pelo advogado de defesa da REN, António Santos não conseguiu dar prova da causa-efeito, ou seja, explicar o eventual surgimento de cancro nas pessoas que residam junto aos postes de muito alta tensão.
A audiência da parte da manhã já terminou e recomeçará às 14:00, com o depoimento de duas testemunhas chamadas pela REN.
A primeira será o engenheiro da Direcção-Geral de Energia e Geologia Martins Carvalho, que não prestou qualquer declaração aos jornalistas.
LUSA