segunda-feira, 21 de abril de 2008

N117: Dois meses depois tudo na mesma

Dois meses depois do desabamento do muro na N117 entre Queluz e Belas que provocou a morte de duas jovens, a estrada e a ribeira continuam separadas por protecções provisórias. Na zona o tráfego automóvel é intenso, e a instabilidade climatérica dos últimos meses aumenta o risco de nova tragédia.
Fátima Campos, presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, considera a situação "escandalosa". A autarca tem assumido, desde a altura do acidente, uma postura muito crítica perante a Empresa Pública Estradas de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra. A presidente da Junta considera que essas entidades públicas deveriam assumir as responsabilidades da tragédia que ocorreu a 18 de Fevereiro. Mas passado mais de dois meses, ninguém assume responsabilidades, e o local do acidente continua a apresentar riscos para quem, todos os dias, passa no local. Até ao fecho desta edição não foi possível obter reacção da Estradas de Portugal a esta situação.

FÁTIMA CAMPOS LANÇA FORTE ACUSAÇÕES
A presidente da Junta de Monte Abraão considera lamentável que os presumíveis responsáveis da tragédia “fujam todos com o rabo à seringa”. Fátima Campos lança quatro questões; “Em situações de grandes enxurradas, aquela estrada deveria ser imediatamente fechada à circulação pelas autoridades competentes. As vítimas foram avisadas? Por quem? Pela PSP, pela Protecção Civil de Sintra? O muro caiu durante a madrugada. Alguém responsável teve o cuidado de sinalizar o perigo?”, sublinha a autarca. Fátima Campos pede assim que sejam apuradas responsabilidades e que não seja esquecido o apoio social às famílias.
FM

Publicado na Edição do Correio da Cidade de Queluz