A câmara de Sintra aguarda aprovação do projecto da futura circular nascente/poente ao Cacém para enterrar a linha de muito alta tensão Fanhões/Trajouce, aproveitando esta obra para reduzir custos da operação.
O vereador da autarquia com o pelouro das Obras Municipais, Luís Duque, adiantou à agência Lusa que a câmara pretende “articular” o projecto do enterramento da linha com o de construção da futura circular nascente poente ao Cacém.
“Não é possível adiantar datas”, sublinhou o vereador.
Esta foi a solução encontrada para reduzir os custos desta operação, depois de há sete meses atrás o ministro da Economia, Manuel Pinho, ter anunciado o acordo entre a câmara de Sintra e a Redes Energéticas Nacionais (REN), no qual a autarquia suportava o enterramento da linha.
Contactado pela Lusa, o director coordenador da REN, Artur Lourenço, adiantou que a empresa pública aguarda “que a câmara de Sintra avance com as obras”, para que a terceira linha de muito alta tensão que percorre este concelho entre em funcionamento.
“Somos consultores e como tal aguardamos a decisão da câmara para o início das obras”, disse o responsável, que aguarda igualmente a decisão do tribunal de Sintra relativamente ao processo movido pela junta de freguesia de Monte Abraão.
“O tribunal tem que decidir qualquer coisa. Estamos a correr riscos de acontecer um excesso de consumo e as duas linhas em funcionamento podem não aguentar”, disse o responsável.
Artur Lourenço está confiante numa vitória em tribunal que garanta o reactivamento da linha, “porque não são prejudiciais à saúde das pessoas”.
“Se a câmara de Sintra arrancar com as obras já com a linha aérea a funcionar não temos qualquer problema em depois passar a linha para cabo [enterramento]”, adiantou.
O Movimento Nacional contra as linhas de muito alta tensão prevê novos protestos para Setembro.
LUSA