Câmara de Sintra e a construtora AENOR esclareceram que a Estrada Municipal 608 vai apenas sofrer cortes temporários devido às obras de construção do IC16/A16, reagindo à contestação da população local, que temia a interrupção da via.
Em causa está a construção o traçado da auto-estrada A16 na zona do Monte Maria Dias (freguesia de Algueirão/Mem Martins), que vai ligar Sintra à CREL, e que motivou um pedido de esclarecimentos, na quarta-feira, ao ministro das Obras Públicas por parte da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda.
O BE afirma que as obras implicam “o corte da EM 608 durante seis meses, com prejuízos para a população” visto que esta estrada “é utilizada diariamente por milhares de pessoas”.
Moradores e industriais destas localidades afirmaram-se quinta-feira prejudicados por um eventual corte da estrada, visto que as alternativas à EM 608 implicam percorrer entre 15 a 30 quilómetros a mais, e lançaram um abaixo-assinado para evitar a interrupção daquela via.
O vereador da Câmara de Sintra com o pelouro das Obras Municipais, Luís Duque, disse hoje à agência Lusa que “não está previsto o corte” da EM 608, explicando que apenas vão ocorrer interrupções temporárias, pelo que os condutores podem ter de esperar curtos períodos para circular na estrada que liga Algueirão-Velho a Pêro Pinheiro.
“As pessoas podem é ter de esperar 15 minutos no local para passagem de máquinas. Não está previsto nenhum corte de estrada”, disse o vereador.
A AENOR, empresa que já se encontra a realizar as obras, garantiu à Lusa, em comunicado, que “foi estudada uma solução com a Câmara Municipal de Sintra no sentido de ser implementado um desvio nas imediações da actual Estrada Municipal evitando assim o corte da mesma”.
“A EM608 será cortada pontualmente, por períodos curtos”, refere a empresa.
A EM608 constitui o principal acesso ao centro de Algueirão por parte dos moradores das localidades de Coutinho Afonso, Raposeiras, Cortegaça e Fação, e da Academia da Força Aérea.
LUSA