sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

BE Sintra acusa Governo de não procurar responsáveis pelo desastre ambiental da lixeira de Trajouce

O Bloco de Esquerda de Sintra acusa o Governo socialista de manter a recusa em encontrar os responsáveis pela deposição ilegal de resíduos não tratados da Tratolixo, em Trajouce, no concelho de Cascais. “Em resposta a um requerimento da deputada Rita Calvário, a ministra do Ambiente esclareceu que mantém a recusa do seu antecessor em tomar medidas que permitam encontrar os responsáveis pelo desastre ambiental ocorrido na lixeira de Trajouce”, acusou hoje o BE de Sintra.
Segundo André Beja, o responsável do BE de Sintra, face ao anúncio da ministra do Ambiente em Dezembro, “de que ia fiscalizar empresas que trabalham na área dos resíduos, o bloco questionou o Governo se ia tomar medidas relativamente a encontrar os responsáveis pelo desastre ambiental de Trajouce”. “Eles disseram que não e dizem que só se responsabilizam pelo plano de reconversão ambiental”, disse.
André Beja adiantou que o depósito indiscriminado, durante mais de 10 anos, de cerca de 150 mil toneladas de resíduos em Trajouce pela empresa intermunicipal de resíduos sólidos urbanos Tratolixo, gerou uma lixeira incontrolada e um problema ambiental grave em termos de contaminação de solos e de águas subterrâneas
A empresa Tratolixo, apresentou em Maio de 2009, ao Ministério do Ambiente, um plano de reabilitação ambiental dos solos contaminados da sua estação de tratamento, tendo obtido um parecer favorável que permitiu o arranque da intervenção que terá um custo de cerca de 3,5 milhões de euros.
Algumas das medidas propostas no plano de reabilitação ambiental passam pela eliminação de fontes de contaminação dos solos, através do confinamento dos resíduos depositados nos terrenos contaminados.
A instalação de um sistema de drenagem de lixiviados e encaminhamento dos mesmos para tratamento e de um sistema de drenagem de biogás, a execução das terraplenagens necessárias para criar condições adequadas de drenagem nas áreas a intervir, são outras das medidas apresentadas pela empresa.