sábado, 12 de janeiro de 2008

Mais uma morte na estação da CP de Agualva-Cacém

Comissão de Utentes da Linha de Sintra acusou ontem, 11 de Janeiro, a Rede Ferroviária Nacional (REFER) de não tomar medidas preventivas para evitar mortes por atropelamento nesta linha e denunciou uma nova morte por trucidamento na estação de Agualva-Cacém.
Este incidente, que resultou na morte de uma jovem, ocorreu por volta das 22:00 de quinta-feira e é o mais recente atropelamento na Estação ferroviária de Agualva-Cacém, que a Comissão de Utentes apelida de "assassina".
Rui Ramos, porta-voz da Comissão, considera que "há uma desvalorização da vida humana por parte dos responsáveis do Governo e da REFER porque não têm tomado as medidas que a situação aconselha".
A Comissão de Utentes tem defendido a colocação de guardas nas passagens de nível das Estações de Agualva-Cacém e Massamá-Barcarena até à construção de passagens aéreas pedonais.
Segundo o porta-voz da Comissão, que exige igualmente que os comboios circulem nestas estações a velocidades inferiores a 30 quilómetros por hora, estas medidas poderiam pôr fim "às mortes que têm ocorrido nestes locais".
"A REFER não põe guardas nas passagens de nível e, se lá estivesse um, se calhar a rapariga não tinha sido trucidada", adiantou o porta-voz da Comissão.
Em Setembro, a REFER anunciou a adjudicação da empreitada de construção da passagem superior pedonal na Estação ferroviária de Barcarena, que funcionará provisoriamente até à conclusão das obras de quadruplicação da via.
O início das obras estava previsto para arrancar já em Janeiro mas, segundo Rui Ramos, até ao momento "ainda não começaram".
A agência Lusa tentou obter um comentário da REFER mas, até ao momento, não obteve resposta.

LUSA