segunda-feira, 3 de março de 2008

Eleições no PS Sintra envoltas em polémica

A quatro dias das eleições para a concelhia do PS Sintra, as candidaturas de Ana Gomes e Rui Pereira trocam acusações. A lista de Ana Gomes está em risco de não ser aceite pelo PS da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) por conter um conjunto de irregularidades que violam os estudos do PS. Essa decisão será tomada esta segunda-feira pelo Partido Socialista.
A lista de Ana Gomes foi entregue muito próximo do prazo limite, mas quando foi analisada foram encontrados elementos que não cumpriam os pressupostos estatutários.
Segundo elementos da candidatura “Gente de Sintra”, de Rui Pereira, a lista adversária tinha militantes que não pertenciam ao concelho de Sintra e que foram iludidos aquando da assinatura da declaração de aceitação. A situação é retratada como «um escândalo perante o que se espera de um processo democrático». Segundo os mesmos elementos confidenciaram ao CORREIO DA CIDADE, «há pessoas nessa lista que nem são militantes do Partido Socialista».
A candidatura de Ana Gomes refuta estas acusações. Responsáveis da lista alternativa a Rui Pereira afirmam que está criado em Sintra «um ambiente de pressão da parte do aparelho socialista para não apoiar e não fazer parte da lista de Ana Gomes». «Há militantes que depois de terem assinado a nossa declaração de aceitação estão a pedir para sair da lista por pressões sofridas». A lista foi entregue com o número mínimo de militantes para concorrer ao acto eleitoral. Estas desistências de militantes da lista e outras situações consideradas irregulares, poderão inviabilizar a candidatura de Ana Gomes.
Apesar desta polémica ambos os lados querem confrontar-se no acto eleitoral marcado para o próximo dia 7 de Março. Os militantes que integram a lista de Rui Pereira defendem que, «a melhor resposta, ao que se está a passar em Sintra com uma candidatura que recorre à fraude e está distante da realidade sintrense, será dada nas urnas». Do lado de Ana Gomes as expectativas também são positivas, mas admitem que «estamos perante uma realidade em que o aparelho está a condicionar a vontade de mudança».