quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Protestos na abertura do novo hospital de Cascais

A inauguração do Hospital Dr. José de Almeida foi marcada pela presença de dois grupos de manifestantes, ambos unidos pela exigência de melhores condições na área da saúde.
Por um lado, a JSD de Agualva-Cacém visitou o novo espaço porque, de acordo com a sua presidente Rita Vasconcelos, “quisemos trazer aqui uma petição para que haja uma melhoria dos serviços de saúde em Sintra”.
O documento, que em um ano recolheu “cerca de três mil e quinhentas assinaturas” pretende levantar uma discussão sobre o Hospital Amadora-Sintra, “que está lotado e não é capaz de dar as devidas respostas às necessidades da população”, afirma Rita Vasconcelos.
A solução para o problema, segundo a JSD de Agualva-Cacém, “passa por um Hospital em Sintra, com condições”, uma vez que as valências que a unidade hospitalar hoje inaugurada em Cascais tem disponíveis para oito freguesias do concelho vizinho “são boas, mas não são suficientes, nem as mais procuradas pela maioria da população de Sintra”.
Ao lado da JSD Agualva-Cacém estava o PCP/Cascais, que quis marcar presença “num dia que é importante para o concelho” sem no entanto esquecer que “a questão da saúde continua a ser um problema grave em Cascais”, afirmou Vasco Aleixo, membro da Comissão Concelhia.
“Não é esta abertura que vai resolver questões como o facto de haver mais de cinquenta mil pessoas sem médico de família em Cascais, ou ainda como o facto de o Centro de Saúde de Carcavelos não ter condições nenhumas”.
No entanto Vasco Aleixo sublinha que o PCP “sempre exigiu novos hospitais, e por isso saudamos esta construção, mas não garante a necessária resposta. É um dia importante para celebrar, mas não esquecemos a luta que temos que continuar a travar pela saúde”.

Primeiro-ministro inaugurou Hospital
José Sócrates esteve em Cascais esta manhã, acompanhado do ministro Teixeira dos Santos e da ministra da Saúde, Ana Jorge, marcando a abertura oficial no novo Hospital Dr. José de Almeida.
O primeiro-ministro referiu que a construção da unidade hospitalar foi “um desafio à credibilidade política”, por ter encontrado alguns obstáculos, e sublinhou que a saúde “é uma área que o governo elegeu como prioritária para o seu investimento público”.
Já a ministra da Saúde garantiu que com o novo Hospital “mais pessoas vão ter melhor acesso a serviços de saúde”, numa inauguração que vê “um sonho passar a realidade”, numa unidade “que vai dar resposta às necessidades de trezentas mil pessoas nos concelhos de Cascais e Sintra”.