segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Entrevista com a PSP de São Marcos

David Silva, Sub-Comissário da PSP nasceu em França, onde os seus pais eram emigrantes. Aos 18 anos, depois de concluir o secundário, entrou para o Instituo Superior de Engenharia Mecânica. Mas cedo percebeu que não era esta a sua vocação e voluntáriou-se para a tropa onde fez o curso de oficiais em Mafra. Em Outubro de 2002 concorreu à Escola Superior de Policia, que concluiu em Julho. No final desse mês é colocado na esquadra da PSP de São Marcos. O CORREIO DA CIDADE foi conhecer o novo responsável pela PSP de São Marcos.
Como caracteriza São Marcos a nível de segurança?
Podemos dizer que São Marcos é uma zona segura.
Quais as principais dificuldades na esquadra de São Marcos?
Temos um grande problema que é o estacionamento. Talvez neste tempo em que estou à frente desta esquadra, seja o problema mais difícil de resolver. Como sabe o trânsito é uma questão problemática, que origina problemas entre as pessoas. Por vezes as pessoas queixam-se de se ter multado o carro, e torna-se muito complicado resolver estas situações.
Quantos agentes tem no activo?
De momento temos 29 pessoas, entre graduados, agentes, chefes, e oficiais.
O número de efectivos que a esquadra dispõe chega para garantir a segurança da freguesia?
Os meios que temos são os possíveis, face às carências a nível de pessoal que a PSP tem em todo o país. Tentamos fazer o melhor que podemos, com os poucos meios que dispomos.
Quais têm sido as principais prioridades da PSP aqui em São Marcos?
Uma das principais prioridades tem sido o estacionamento, porque é de facto um ponto que incomoda as pessoas. Chegar do trabalho e não ter lugar para estacionar, e de manhã ter dificuldades para sair, é muito negativo. Existem também muitos carros abandonados na via. Temos tentado combater este problema em conjunto com a Policia Municipal de Sintra. Nos últimos 3 meses foram removidas cerca de 70 viaturas.
Quais são os crimes mais frequentes com que a PSP se depara?
A PSP de São Marcos encontra-se inserida na divisão da Amadora, situação que será alterada com o surgimento da divisão de Sintra no início de 2008. A divisão da Amadora é onde se verificam mais ocorrências a nível do país, e São Marcos ao estar integrado nesta divisão, acaba por ficar associada a números muito elevados de criminalidade. Temos alguns problemas, mas estamos longe dos cenários vividos em esquadras como a da Reboleira ou Damaia.
De que forma tem sido assegurado um policiamento de proximidade?
O policiamento de proximidade é de facto uma das grandes apostas da PSP. Temos quatro programas; a Escola Segura, os Idosos em Segurança, o Comércio Seguro, e as Férias em Segurança. O programa da Escola Segura tem corrido muito bem. No dia 9 de Outubro, por exemplo, realizou-se uma campanha no Campo Pequeno, onde São Marcos esteve envolvido, com uma turma do 8º e 9º ano, da Escola Rainha Dona Leonor. No Comércio Seguro, temos um elemento que está todos os dias em contacto com os comerciantes, tentando saber as suas dificuldades, alertando para algumas situações de segurança que podem ser corrigidas. No programa Férias em Segurança, a PSP garante vigilância às casas particulares. Este ano tivemos uma boa adesão por parte dos cidadãos a este projecto.
A polícia existe para ajudar o cidadão, e o cidadão também deve ajudar a polícia, dando informações daquilo que se passa, para que todos juntos possamos melhorar a segurança.

Edição do Correio da Cidade de Agualva-Cacém