A ministra da Saúde inaugurou hoje a Unidade de Saúde Familiar de São Marcos, uma semana depois da abertura da unidade que vai abranger 14 mil utentes e assegurar médico de familia a 3000 pessoas, número que, no entanto, pode ser insuficiente. Ana Jorge anunciou ainda que a tutela está a avaliar a construção de um hospital público em Sintra.
“Com esta unidade vamos reduzir ao minimo o número de pessoas que não têm médico de familia mas não posso garantir que não fique ninguém sem médico de familia”, garantiu a ministra que à chegada à unidade de saúde, tinha à sua espera a Comissão de Utentes da Saúde do Concelho de Sintra para proceder à entrega de cerca de 10 mil assinaturas, exigindo a melhoria de condições de acesso à saúde para os habitantes, nomeadamente de um hospital público.
Segundo a ministra “o conselho de administração do Hospital Amadora-Sintra está a estudar juntamente com a Administraçao Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo e com a Câmara de Sintra para tentar encontrar a melhor solução, que seja poder ter uma pequena unidade em Sintra que, em colaboração com o Hospital Fernando da Fonseca, possa responder às necessidades desta população”.
Para Ana Jorge esta unidade em Sintra "está atrasada há vários anos", uma vez que o Hospital Amadora-Sintra "é insuficiente em termos de dimensão para poder abranger a população dos dois concelhos".
O presidente da câmara de Sintra, Fernando Seara, participou na cerimónia, e saudou o esforço feito entre a autarquia, a Administração Regional de Saúde (ARS) e o ministério da Saúde “para tentar reduzir o défice em termos de saúde no concelho de Sintra”.
“Temos mais de cem mil pessoas sem médico de família e portanto em alguns casos importa definir prioridades. Agora São Marcos, no final da Primavera a entrada em funcionamento do Serviço de Urgência Básica em Algueirão-Mem Martins”, disse.
O autarca adiantou estar em negociações com a ARS em relação a “três outras realidades de saúde em Sintra”.
“Iremos avaliar da disponibilidade de um terreno em Rio de Mouro para o aumento da capacidade das instalações já instaladas para ter mais médicos. O Hospital da Misericórdia, na vila, implica negociações entre a ARS, o ministério, o banco [proprietário do edificio] e a câmara”, sublinhou Fernando Seara, adiantando também que o avanço do novo centro de saúde de Belas está em avaliação.
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Declarações de Fernando Seara