quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Socialistas de Sintra desconhecem acordo entre a REN e a CMS

Os vereadores socialista da Câmara de Sintra afirmaram hoje desconhecer formalmente o acordo que prevê a autarquia a assumir custos do enterramento de parte da linha de muito alta tensão Fanhões-Trajouce, entretanto já desligada pela Redes Energéticas Nacionais (REN).
João Soares, que detém o pelouro do Turismo, adiantou à Lusa que "o enterramento da linha podia ser suportado pela REN", mas caso haja condições para a autarquia assumir essa despesa, estará a favor dessa solução.
"Obviamente que se o senhor presidente da câmara optar por propor que seja a autarquia a suportar esses custos e o vereador das Finanças achar que temos condições para tal, estaremos a favor de uma solução desse tipo", disse João Soares.
O vereador das Finanças da autarquia de Sintra, o também socialsta Domingos Quintas, adiantou à Lusa desconhecer o teor deste acordo e remeteu declarações para mais tarde, após Fernando Seara se pronunciar publicamente sobre o assunto.
À saída de uma reunião camarária, o autarca adiantou hoje à Lusa que marcará uma posição relativamente a este assunto após a primeira reunião desta comissão, a 07 de Janeiro.
"Vou falar só depois da reunião da comissão", adiantou Fernando Seara, acrescentando que ainda esta semana haverá novidades relativamente a esta matéria.
O ministro da Economia, Manuel Pinho, anunciou a semana passada que será criada uma comissão tripartida que envolva a REN, a Câmara de Sintra e os moradores de forma a identificar um traçado que permita enterrar a linha numa operação suportada pela autarquia liderada por Fernando Seara.
A REN desligou terça-feira a linha após tomar conhecimento da decisão do Tribunal Constitucional que negou provimento a um recurso onde a empresa alegava inconstitucionalidade da decisão do Supremo Tribunal Administrativo de não reavaliar o processo no qual o Tribunal Central e Administrativo do Sul ordenou à suspensão da linha.
LUSA/CC