“Não mintam à população”

Fátima Campos (no centro da foto), presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, denunciou esta tarde em conferência de imprensa, «a campanha de terrorismo psicológico encetada pela REN após ser conhecida a decisão do Tribunal Constitucional». Na sede da Junta, a presidente procurou «acalmar a população». Em causa estão as notícias vindas a público, relativamente à falta de energia na área da grande Lisboa, causada pelo desligar das linhas de muito alta tensão entre Fanhões-Trajouce.
Para Fátima Campos a ideia que o desligamento da linha Fanhões-Trajouce pode provocar apagões, é totalmente falso. A autarca vai mais longe e pede à REN que, «não minta à população portuguesa, porque não é verdade que se estas linhas forem desligadas alguém fique sem luz», afirma a presidente da Junta.
António Santos (à direita na foto), engenheiro electrotécnico, antigo funcionário da EDP e membro do movimento cívico contra as linhas de muito alta tensão, acredita que as hipóteses de haver um apagão são nulas, pelo facto de cada uma das linhas, que estão actualmente a funcionar, estarem abaixo dos 50% da sua capacidade total. Segundo António Santos, no caso de uma linha se desligar a outra consegue suportar a energia necessária para abastecer a subestação de Trajouce. Para este antigo funcionário da EDP, esta linha entre Fanhões-Trajouce, «só será necessária quando o concelho de Cascais e Oeiras consumir cerca de três a quatro vezes mais do que na actualidade».
O engenheiro lembrou que mesmo com esta linha desligada, «a REN pode reactivá-la em milésimos de segundo». André Beja (à esquerda na foto), deputado municipal do BE, pediu à REN para ter «mais moderação nos seus comentários» sublinhando que o actual diferendo poderia ter sido evitado.
A presidente da Junta espera que, «a REN comece a ter mais respeito pelos cidadãos, em vez da prepotência do quero, posso e mando».

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