quinta-feira, 12 de novembro de 2009

120 trabalhadores da VMZ, empresa de construção civil, podem ficar sem emprego

Mais cinquenta trabalhadores da VMZ, empresa de construção civil, protestaram esta tarde junto às instalações da empresa, no Cacém, contra a ameaça de encerramento da empresa que deve mais de um milhão de euros ao fisco.
“A empresa está neste momento a atravessar uma situação difícil, visto estar com uma divida às finanças. Estão a fechar as portas a esta empresa, que quer pagar a dívida que tem e quer manter os postos de trabalho”, disse aos jornalistas, João Cunha, representante dos 120 trabalhadores da VMZ.
Segundo João Cunha, os trabalhadores estão ao lado da administração da empresa, uma vez que “a gerência está a tentar, com todos os meios possíveis, para que a VMZ não feche”. Se a empresa fechar implica que 120 pessoas ficam sem emprego. Se multiplicarmos esse número por dois são 240 pessoas, e se tiverem um filho são 360, que dependem desta empresa e que ficam em dificuldades por esta empresa fechar”, adiantou.
Presenten na concentração de trabalhadores, o gerente da VMZ, Marcel Zoicas, adiantou aos jornalistas que a empresa detém actualmente uma divida ao fisco no valor de um milhão e trezentos mil euros. O responsável adiantou que já foi apresentado um plano de insolvência que não consegue cumprir todas as exigências do Ministério das Finanças. “Vamos ter uma votação de plano de insolvência a 3 de Dezembro. Dos oito pontos que o Ministério das Finanças obriga a cumprir só não conseguimos cumprir o das garantias do real valor da divida”, disse.
O responsável justificou que esta dívida surgiu após um controle das finanças à contabilidade da VMZ, “que responsabiliza a empresa pelas dívidas ao fisco de subempreiteiros contratados”.“Entregámos trabalhos de subempreitadas a algumas empresas que mais tarde fugiram ao fisco. Nós tivemos um controle de finanças há um ano atrás e ficámos responsabilizados pela parte colectável que as outras empresas não entregaram ao fisco”, disse.
Marcel Zoicas adiantou que a empresa pretende pagar as dívidas ao Estado de forma a conseguir continuar a trabalhar e a empregar os 120 trabalhadores, mas lamenta que não consiga apresentar as garantias do real valor da dívida.